Durante a infância e até meados da adolescência era comum ouvir as pessoas dizerem para um menino que chorava:
“Isso é coisa de mulherzinha!”.
Os anos se passaram e, durante a vida toda, me pareceu comum relacionar mulher à figura de fraqueza. Luiz Fernando Veríssimo escreveu que “Para muitos brasileiros, é como se uma montanha de diminutivos mudasse o sabor de suas palavras nesse processo.” Aquele diminutivo nunca foi sinônimo de carinho, havia ali um sentido único de diminuir a sensibilidade humana como uma forma de defeito, especialmente a sensibilidade feminina, que por natureza está associada a uma percepção maior das coisas comuns.
Demorou, mas compreendi que o ser humano se estende no abismo da dualidade entre o animal e o humano (Nietzsche), por vezes um ou outro se sobressai. Entre o homem e a mulher existem inumeráveis qualidades próprias do humano que não deveriam ser questionadas como fraqueza, mas multiplicadas como qualidades, no entanto se fez necessário o conflito para a negociação de direitos que desencadearam na efervescência das ondas feministas. Felizmente elas existiram e resistem! Não para sermos maiores, mas para sermos iguais enquanto cidadãs, e parte, enquanto humanas.
O ideal feminino que conhecemos no ocidente foi construído para desumanizar, como uma tática de guerra em que, ao criar um estereótipo o inimigo, é desqualificado para que assim seja justificada sua dominação entre gêneros, neste caso.
Pode parecer cruel esta relação, mas é suficiente pensarmos nos anos de submissão de nossas mães, ou na obrigatoriedade do “lavar a louça “(sim, pode parecer estranho, mas a presença masculina ainda está longe de ser um padrão aos pés da pia).
Agora pensemos na mulher enquanto poder natural, afinal a natureza é mãe, mães não falham, ok?
O que seria da nossa sociedade sem a presença do feminino?
Com uma estrutura anatômica para suportar menos peso, a mulher foi forjada para ser equilíbrio e leveza. Com resistência maior a dor, compõe um estrutura de plasticidade mental. Aprendi com a professora Lúcia Helena que a mulher é uma autoridade humana por natureza, pois ela “pensa sentindo” e por isso considera mais as pessoas que os processos, o que a qualifica como uma líder por sua inteligência intelectual, moral e humana.
Homem e mulher são complementares por natureza. Como uma boa fotografia que exige o equilíbrio em seu contraste, o feminino e o masculino, quando se permitem complementar, fazem fortalecer e multiplicar suas habilidades na conquista de seu espaço no mundo. Tornar visível, presente e potente a presença da mulher, é o ponto de partida para um contraste coletivo que adquire espaço e voz no mundo e com isso um perfeito equilíbrio de suas cores.
“O diminutivo é uma maneira afetuosa e cautelosa de usar a linguagem. Carinhoso porque costumamos usá-lo para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E cauteloso porque também o usamos para desarmar certas palavras que, em sua forma original, são muito ameaçadoras”
(Luiz Fernando Veríssimo)
Durante a infância e até meados da adolescência era comum ouvir as pessoas dizerem para um menino que chorava:
“Isso é coisa de mulherzinha!”.
Os anos se passaram e, durante a vida toda, me pareceu comum relacionar mulher à figura de fraqueza. Luiz Fernando Veríssimo escreveu que “Para muitos brasileiros, é como se uma montanha de diminutivos mudasse o sabor de suas palavras nesse processo.” Aquele diminutivo nunca foi sinônimo de carinho, havia ali um sentido único de diminuir a sensibilidade humana como uma forma de defeito, especialmente a sensibilidade feminina, que por natureza está associada a uma percepção maior das coisas comuns.
Demorou, mas compreendi que o ser humano se estende no abismo da dualidade entre o animal e o humano (Nietzsche), por vezes um ou outro se sobressai. Entre o homem e a mulher existem inumeráveis qualidades próprias do humano que não deveriam ser questionadas como fraqueza, mas multiplicadas como qualidades, no entanto se fez necessário o conflito para a negociação de direitos que desencadearam na efervescência das ondas feministas. Felizmente elas existiram e resistem! Não para sermos maiores, mas para sermos iguais enquanto cidadãs, e parte, enquanto humanas.
O ideal feminino que conhecemos no ocidente foi construído para desumanizar, como uma tática de guerra em que, ao criar um estereótipo o inimigo, é desqualificado para que assim seja justificada sua dominação entre gêneros, neste caso.
Pode parecer cruel esta relação, mas é suficiente pensarmos nos anos de submissão de nossas mães, ou na obrigatoriedade do “lavar a louça “(sim, pode parecer estranho, mas a presença masculina ainda está longe de ser um padrão aos pés da pia).
Agora pensemos na mulher enquanto poder natural, afinal a natureza é mãe, mães não falham, ok?
O que seria da nossa sociedade sem a presença do feminino?
Com uma estrutura anatômica para suportar menos peso, a mulher foi forjada para ser equilíbrio e leveza. Com resistência maior a dor, compõe um estrutura de plasticidade mental. Aprendi com a professora Lúcia Helena que a mulher é uma autoridade humana por natureza, pois ela “pensa sentindo” e por isso considera mais as pessoas que os processos, o que a qualifica como uma líder por sua inteligência intelectual, moral e humana.
Homem e mulher são complementares por natureza. Como uma boa fotografia que exige o equilíbrio em seu contraste, o feminino e o masculino, quando se permitem complementar, fazem fortalecer e multiplicar suas habilidades na conquista de seu espaço no mundo. Tornar visível, presente e potente a presença da mulher, é o ponto de partida para um contraste coletivo que adquire espaço e voz no mundo e com isso um perfeito equilíbrio de suas cores.
“O diminutivo é uma maneira afetuosa e cautelosa de usar a linguagem. Carinhoso porque costumamos usá-lo para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E cauteloso porque também o usamos para desarmar certas palavras que, em sua forma original, são muito ameaçadoras”
(Luiz Fernando Veríssimo)